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Estudantes da UFMT bloqueiam Avenida Fernando Corrêa contra aumento do RU


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Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) bloquearam, na tarde desta segunda-feira (4), parte da Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Os universitários pedem a estatização do Restaurante Universitário (RU) e a manutenção do almoço em R$ 1. A reitoria da UFMT havia comunicado no dia 15 de maio, que o aumento havia sido suspenso.

Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), os manifestantes bloquearam parte da via e o trânsito ficou lento no sentido que liga os bairros ao centro da capital.  Cerca de 100 estudantes seguiram em passeata pela via por cerca de 40 minutos. O trânsito já foi normalizado. 

“Ocupamos a reitoria no dia 30, com a intenção de pressionar a reitora a abrir as negociações com a gente, uma vez que estamos se manifestando desde o dia nove de fevereiro. Através da ocupação na reitoria a gente conseguiu uma reunião com ela hoje às 2 horas. Estávamos lá, toda essa quantidade de estudantes e ela quis fazer a reunião na porta da reitoria, onde temos até uma cozinha construída por conta da ocupação. Um espaço inapropriado e a gente querendo que ela fizesse a reunião na sala que comportava e tinha um espaço apropriado. Ela se negou e foi embora. Diante deste desrespeito, nós indignados decidimos que isso não podia ficar assim, que teríamos que vir às ruas manifestar contra essa falta de respeito”, disse uma estudante de comunicação social, que preferiu não se identificar.
 
De acordo com a Reitoriareitora, o reajuste foi suspenso até dezembro para que se possa garantir o amplo debate sobre o tema. Conforme divulgou o Olhar Direto, os estudantes que ocupam a Universidade estão organizando grupos de estudo para elaborar uma proposta para que o RU seja estatizado e tenha o preço mantido em R$ 1.
 
Nem todos os cursos aderiram à greve. Os cursos de Ciências Contábeis, Administração e Agronomia, por exemplo, continuam com as aulas normalmente. Em outros cursos, como Medicina e Enfermagem, os estudantes aderiram à greve, mas não ocupam seus blocos.

Participam da ocupação os cursos de: Serviço Social, Ciências Sociais, História, Geografia, Filosofia, Pedagogia, Letras, Cinema, Jornalismo, Publicidade, Comunicação Social, Biologia, Saúde Coletiva, Direito, Engenharia de Minas, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Transportes, Engenharia da Computação, Engenharia Química, Geologia, Arquitetura, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária, Química, Física, Matemática, Estatística.

Em 14 de maio, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Mato Grosso decidiu suspender o calendário acadêmico de 2018, com data retroativa ao dia 20 de abril, época em que se deu o início das paralisações. Com isso, as atividades ministradas depois desta data se tornam nulas e deverão ser repostas após o fim da greve.

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